domingo, 18 de setembro de 2011

------------------Repetição

Os dedos que aqui escrevem repetem sentimentos a muito expressados...
Mas o que fazer? Se a mente insiste em pairar em círculos, trazendo a tona tortuosos pensamentos nos quais me fazem morrer em vida, pois o passado que foi velado e sepultado, levanta e anda em um milagre maldito que daria vida para não ter visto.

A sua influência ainda atenta as raízes da alma, jogadas no lixo pelo seu escárnio imperial. Vejo a lua minguante a trezentos e vinte cinco noites que fiquei a ti esperar e mesmo assim a vala do esquecimento é que me restou, porque não é mais a mim que procura.

Alicerce do espírito sombrio, um sobro no meio da noite, a espinha gelada pelo arrepio, a familiar sensação de perda, o imenso vazio, já não são novos amigos e sim os mais fieis e cruéis companheiros neste deserto onde conto grãos de areia a serviço de algum fim, do qual, não sei bem sua real razão de existir.

Jadson Bispo da Silva

domingo, 5 de junho de 2011

Sentido dos versos

Nos momentos de tristeza os meus versos nascem e deslizam singelos como lagrimas em um rosto triste.

A agulha que os fez brotar me abandona, mas sem avisar volta à tona no balanço de meus desejos tão errantes como intrigantes, talvez sejam decepções até então reprimidas, expectativas estéreis ou simplesmente o morrer da esperança que um dia morou em meu peito.

Mas não importa o seu motivo, conflito ou razão de ser, pois o gosto amargo da tristeza é o que alimenta esses singelos, pobres e tristes versos, que não buscam soluções, ações, nem conflitos, apenas a admissão.


Jadson Bispo da Silva

domingo, 1 de maio de 2011

Perdão

Se hoje as lembranças me retelham é porque de tanto errar acabei por me fazer um torturador voraz de mim mesmo e em cada chaga que me dói, me lembro que não tenho você para me afagar, por culpa da fúria doentia de minha paixão.

Um pedido de perdão, a sorte lançada, que não seja em vão, como todo rancor existente no mundo, como poder concentrado em uma só mão, como todos os demônios que não queriam mais um escrito, como uma vida perdida por falta de afeto, como a dor do meu coração, perdão.

Jadson Bispo da Silva.

O fim

Puro como a nascente de um rio, forte como as ondas do mar, intenso como a luz do sol e efêmero só como nosso amor...


Depois de tudo, o fim deixou marcas em mim, um sofrer...
Ainda me lembro do que ficou para trás e espero a sua volta que sei que jamais se concretizara, pois chegou o fim, não há como voltar, ti ter de novo, tão pouco o alento da sua voz que agora já não posso mais ouvir.


A saudade me mata aos poucos, sem deixar que o resto desta vida tire de mim as lembranças do mais sincero e rápido sentimento que ainda transborda.

Jadson Bispo da Silva.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O que é o amor.


O amor move os poetas, mas ao contrario destes, não sei o que este significa, o que é, ou que rumos toma, acredite no que ti digo, caro leitor, não sei o que é o amor.

Se tu sabes me digas, cochiche, anote ou simplesmente me ame como talvez nunca tenha sido amado, mas só não me deixes com este vazio na alma, o vazio de não saber o que movem os poetas.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Olhos marcantes


Em apenas um pestanejar de seus lindos olhos, se desfazem sorrisos, prantos são ouvidos, sem você perceber...

O mundo muda na tônica do eterno retorno, em contornos que não entendo, pois, só dou atenção a ti, para ti e a teus olhos marcantes, que nem sempre são serenos ou errantes,mas que foram por breves instantes meus, pelo menos em pensamentos.

De sentimento em sentimento, a angustia da saudade rompe o meu peito em súbito desejo de ti ter como berço, que me inunda e acalma com teu amor.

Jadson bispo da Silva

Senso critico de min mesmo


EI! Você, psiu...
Sim, você mesmo, desastroso, medíocre projeto de poeta, só tem um tema?
 Observe as flores, amores e vitórias desta vida, só percebes as desgraças?
Os infortúnios de sua mente doentia que são apenas e individualmente seus... Nada tenho eu com seus problemas e neste buraco em que se encontra só tu mesmo poderás te livrar, se há como se safar... Pois, o que começa errado, não se transmuta em certo em um simples estalar de dedos.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O tick tack

O tick tack do relógio me irrita por saber que o tempo que passa não volta e segundos preciosos foram em vão na minha solidão infinita.
Daria-lhes melhor destino se  pudesse, já não sei se espero o fim, ou ele me espera, não sei se este mistério é bom ou ruim, nem tão pouco sei o que é um ponto final para min.
E assim continuo a me perder neste circulo de reflexões de lugar algum para o nada, ouvindo o tick tack, irritante, a espera do esgotamento da bateria do aparelho que conta o meu desperdício de horas, dias e milênios.
Jadson Bispo da Silva