sábado, 20 de novembro de 2010

A rima

Rimo porque vivo e a vida me faz rimar,
versos tristes de um mundo bizarro de tão atônito,
continuo a rimar.
Rimas sem versos e tão pouco nexo são minha vida,
minha acolhida, solidão não me importa
O que me importa é de ti me rejeitar.
rima a vida, a vida é quem rima e ri de ti,
de mim de tudo.
Rimas sem traços, sem velcros, que vem
para rir, que vem para fazer chorar, mas que
vem, que vem, que vem sem parar
Jadson Bispo

terça-feira, 9 de novembro de 2010

vida e poesia

Cada vida é uma poesia que nós, autores,
não mensuramos qual será a última estrofe,
mas a nos é facultada a escolha dos seus versos,
se falaram de dor, amor, alegria ou tristeza.

Enquanto a caneta do destino guiada por nossas
mãos, cumpre seu designo, nos encaminhamos para
a morte e sem notar nos perdemos fantasiando futuros,
ilustrando sonhos e esquecemos que se a hora do
ponto final chegar não poderemos mais escrever.

Por isso, mesmo que as lagrimas escorram dos olhos
e o  coração esteja em frangalhos, miremos o horizonte
que nos resta e mergulhemos no mar de nossa realidade,
tão dual, tão sazonal e as vezes tão desigual, mas,
que todos nós amamos tanto.

Jadson bispo

terça-feira, 26 de outubro de 2010

meus pensamentos

Na bagunça dos meus pensamentos
me acalmo na sua lembrança, procuro
a paz perdida em teu sorriso
e na tua figura me recordo da esperança.

Hoje, não verso os meus tormentos, pois,
tornam-se pequenos no breve instante que
estou ao teu lado.

você, acalma um coração que é metade,
mas não é tarde para que o complete
como preenche o sentido destas rimas
fáceis, frágeis, mas sinceras.

diversidade




Milhões de faces milhões de mundos, cada cabeça gira em seu próprio eixo e não pode parar. A tônica deste bailar faz o aparente igual tão desigual que nos perdemos neste mar de pluralidade tão insólito para min.

A ignorância é corolário da intolerância, que nos toma de assalto quando violentamos o outro com um olhar de indiferença, sem respeito às diferenças, mas onde não há diferenças?

O meu amor difere do teu, pois, o meu a muito já se foi não nasci para amar, mas a ti pode estar estampado na cara, mas com que cara posso apontar?

Com uma cara imunda repleta de amarguras que só me faz pensar, por que não ser igual é tão mal.
            
                                                                      jadson bispo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Noite de solidão.

Em uma noite sem luar me sinto mais sozinho que de costume,
pois, meus amigos não aparecem mesmo eu estando bêbado
e o balançar do meu velho barco parece que também me abandonou,
os minutos se arrastam em horas que tendem a aumentar a minha agonia
no frio desta noite interminável.

O cosmos, o acaso ou sabe lá quem parece tramar contra mim nesta noite infeliz,
o parar do tempo, a lembrança do teu sorriso e a gélida companhia do despeito me fazem
chorar sem ao menos um ombro amigo de consolo.

Enfim vem o sol...
Mas este não da fim ao meu tormento, nem tão pouco sequer é alento, mas sobre a sua luz,
posso sonhar acordado, posso pensar em você, posso me iludir com perspectivas de um futuro, feliz que jamais terei.

Jadson bispo