domingo, 18 de setembro de 2011

------------------Repetição

Os dedos que aqui escrevem repetem sentimentos a muito expressados...
Mas o que fazer? Se a mente insiste em pairar em círculos, trazendo a tona tortuosos pensamentos nos quais me fazem morrer em vida, pois o passado que foi velado e sepultado, levanta e anda em um milagre maldito que daria vida para não ter visto.

A sua influência ainda atenta as raízes da alma, jogadas no lixo pelo seu escárnio imperial. Vejo a lua minguante a trezentos e vinte cinco noites que fiquei a ti esperar e mesmo assim a vala do esquecimento é que me restou, porque não é mais a mim que procura.

Alicerce do espírito sombrio, um sobro no meio da noite, a espinha gelada pelo arrepio, a familiar sensação de perda, o imenso vazio, já não são novos amigos e sim os mais fieis e cruéis companheiros neste deserto onde conto grãos de areia a serviço de algum fim, do qual, não sei bem sua real razão de existir.

Jadson Bispo da Silva